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13.08.2020
Como são feitos os testes para a Covid-19?
Vinícius Ribeiro, médico da UBS de Vale Verde, conta como é o procedimento adotado para a testagem da população
Guilherme Ubatuba Teixeira
Como é o critério adotado pelas autoridades de saúde para a seleção das pessoas e o momento correto para o exame da Covid-19? Para sanar essas e outras dúvidas entrevistamos nesta quarta-feira, 12, o médico da Unidade Básica de Saúde (UBS, mais conhecida como Posto) de Vale Verde, Vinícius Ribeiro, que explicou o procedimento adotado para a testagem da população.
De acordo com ele, o RT-PCR, que identifica a presença do vírus, é recomendado para pacientes hospitalizados na fase aguda com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG); para profissionais da saúde e de outras áreas essenciais na fase aguda com síndrome gripal; para amostragem e monitoramento de casos em unidades sentinelas - que é quando a vigilância epidemiológica julga necessário; comprovação da doença em óbitos para esclarecimento se a pessoa estava ou não com o vírus; e para determinar a resolução da infecção, se o paciente está recuperado ou não.
O teste rápido, conforme o médico Vinícius Ribeiro, é realizado em profissionais da saúde e trabalhadores essenciais “a partir do sétimo dia de doença com a finalidade de avaliar se a pessoa pode retornar ao trabalho”, explicou. Também serve para identificar indivíduos já expostos e que desenvolveram anticorpos; e como teste inicial, antes da realização do RT-PCR para diagnóstico de pacientes com quadro tardio, após o sétimo dia hospitalizado, e para pacientes com alta suspeita clínica para Covid-19. No entanto, resultados negativos não excluem a infecção da pessoa, da mesma forma que positivos não podem ser usados como evidência absoluta da doença. “O resultado deve ser interpretado com auxílio de dados clínicos e outros exames laboratoriais”, frisou Vinícius Ribeiro.
Na UBS de Vale Verde os testes estão sendo feitos em pacientes em isolamento após o término do mesmo, que geralmente é de 14 dias do início dos sintomas; em pacientes que tiveram contato com suspeitos ou casos positivos a partir do décimo dia; e em casos de pacientes com quadro clínico, com sinais sugestivos e com tempo evolutivo dos mesmos, que se enquadram no ciclo da Covid-19. “O paciente que está em isolamento, por força de um atestado e de um termo de responsabilidade, precisa continuar e respeitar o isolamento, pois a sua saída acarreta em riscos para a população”, finalizou o médico Vinícius Ribeiro.
Jornalista:Guilherme Ubatuba Teixeira